O alto nível de competitividade do poker às vezes obscurece um fato muito recorrente: os maiores jogadores de poker da história, tal qual Felipe Mojave, o craque que nós falaremos hoje, começaram de baixo. Provavelmente, um dia, esses homens e mulheres eram como você que está lendo esse artigo e sonha em crescer dentro do esporte.
Sentiram medo, tiveram dúvidas, precisaram correr atrás de freerolls e de torneios com buy-in muito pequeno, custaram a consolidar um bankroll de respeito. Precisaram tomar decisões difíceis. Tiveram momentos de baixa e desconfiaram de si próprios.
Não existe uma linha reta rumo ao estrelato.
Doyle Brunson para muitos é o maior jogador de poker da história. Queria jogar basquete e só se aventurou no poker depois que um acidente o impossibilitou de jogar. Antes de viajar para os Estados Unidos e frequentar boa parte das listas de maiores jogadores de poker dos últimos anos, John Juanda era vendedor de Bíblias na Indonésia.
E tem outro jogador que queria ser palhaço quando criança, tentou a sorte no futebol como muitos adolescentes espalhados pelo Brasil, formou-se em música e tocou em várias bandas, depois estudou administração de empresas.
Mas se tornou conhecido por ser um dos maiores jogadores de poker do país.
Essa é a história de Felipe Mojave, o paulistano que largou tudo para jogar poker e se profissionalizou, posicionando-se no mais alto escalão do poker mundial.
E não saiu mais.
Comecemos pelo nome. “Mojave” é um apelido que Felipe Ramos ganhou quando fazia cursinho pré-vestibular em uma sala com 180 alunos – sendo que 12 deles se chamavam Felipe. Mojave era o nome da marca dos óculos que Felipe usava, mas logo se tornou um apelido usado para diferenciá-lo dos colegas.
Mais tarde, Felipe adotou o Mojave como nickname nos torneios de poker disputados mundo afora.
Mojave teve o seu primeiro contato com o poker quando foi convidado para jogar Texas Hold’em na casa de amigos, em uma típica sexta-feira depois do expediente. Alguns amigos se juntavam, levavam uns petiscos e iam jogar cartas. Corria o ano de 2005 e o poker ainda não era conhecido no país como é hoje.
Há quem diga que é sorte de principiante, mas Mojave contou em uma entrevista à Card Player que “me ensinaram as regras, as mãos possíveis e, já nesse primeiro dia, não sei como, eu limpei a turma”.
Naquela época, quem se interessava por poker podia procurar algumas coisas na internet e acompanhar as transmissões de torneios pela ESPN. Mas se você morasse em São Paulo, tinha ainda a possibilidade de jogar na simpática “Texas Tatuapé”, que hoje não existe mais.
Foi lá que Felipe Mojave começou a jogar às sextas e domingo. Eram torneios freerolls e com buy-in de no máximo vinte reais. Aos poucos as coisas foram melhorando e Mojave procurava conciliar o poker com o trabalho em um banco e com os shows e ensaios com sua banda.
Aos poucos, Felipe Mojave se tornou mais pretensioso: “fui passando por torneios de cinquenta reais” – que, no fim das contas, eram Sit and Go de duas ou três mesas. Nesse momento, o jogador recreativo percebeu que era tempo de estudar, por isso adquiriu uma série de livros clássicos, como “A Teoria do Poker”, que já indicamos para você neste artigo.
Estudo, dedicação e disciplina.
Esses são três valores que Mojave aprendeu muito cedo, quando estudava música. Três valores que também são essenciais no poker. Teoria com prática, no sentido de aprimorar as habilidades, é essencial.
Além de jogar poker ao vivo, Felipe Mojave também começou a explorar o poker online, jogando alguns torneios principalmente no PartyPoker. Em abril de 2007 o jogador conseguiu seu primeiro resultado expressivo: ganhou um torneio satélite para os 70K do Ômega, disputado em São Paulo.
Era um dos grandes eventos da época, do qual participavam os melhores jogadores do Brasil. Era um field disputado e Felipe Mojave acabou o torneio em sexto lugar, chegando até a mesa final.
Pouco tempo depois, Mojave ganhou outro satélite, jogado no Rio de Janeiro, que dava uma vaga para o Campeonato Brasileiro de Poker (BSOP) realizado no Estado naquele ano de 2007. Meses mais tarde, finalmente, o jogador venceu o circuito de São Paulo.
Com um bankroll mais robusto, chegou o momento de tomar decisões importantes: abdicar da música, do cargo de gerente em um banco, comprar uma briga enorme com a família e se dedicar ao poker.
Nessa época, Mojave já era colega de outros nomes importantes do poker no cenário nacional, como André Akkari, Leandro Pimentel e Thiago Decano. Ambos também precisaram tomar essas decisões em algum momento da carreira e foram grandes apoiadores de Felipe. A decisão aos poucos foi se consolidando, com base na regularidade dos resultados anteriores.
Era hora de se tornar um jogador profissional.
Alguns meses depois de se tornar jogador profissional, Felipe Mojave começou a ser patrocinado pelo PartyPoker e se tornou o embaixador de poker online da marca para a América Latina.
A plataforma da PartyPoker foi uma das responsáveis pela popularização do poker no Brasil. Uma das grandes virtudes da marca é justamente o interesse em atrair jogadores recreativos, através de um conceito de poker ligado à diversão – mas sem renunciar ao profissionalismo.
O tráfego da casa é alto, o field não é dos mais concorridos e a seguridade é garantida, graças aos recursos contra bots. Se quiser saber mais sobre o site, temos um artigo prontinho para você. Só clicar aqui!
Depois de passar pela PartyPoker e pela PokerStars (onde ficou por três temporadas, de 2015 a 2017), Felipe Mojave, recentemente, tornou-se o embaixador da GGPoker. O brasileiro vai ser colega de outros dois jogadores lendários que também foram contratados pelo site: Daniel Negreanu e Bryn Kenney.
Em uma entrevista concedida logo após a novidade, o brasileiro afirmou que: “GGPoker é um site novo que veio para dominar. Esquece tudo o que você já viu. Hoje é o melhor operador, aquele que tem melhor produto, software e aplicativo”.
Se quer saber mais sobre a plataforma, dá uma conferida nesse artigo que escrevemos para você: “Tudo sobre o GGPoker”.
Os resultados conquistados por Felipe Mojave ao longo da carreira são impressionantes. Mais do que isso: são regulares. Desde que começou a jogar poker profissionalmente, as estimativas apontam que o jogador já arrecadou cerca de 2,5 milhões e meio de dólares em eventos ao vivo e 1 milhão em eventos online ao longo de 12 anos de carreira.
Nesse evento Felipe Mojave fez história ao conseguir a sexta colocação no campeonato de Omaha, levando para casa quase 70.000 dólares. Na ocasião, Mojave se tornava apenas o terceiro brasileiro a participar de um final table do evento mais importante de série de torneios de poker do mundo.
Além disso, vale mencionar que esse era o primeiro resultado brasileiro em uma modalidade diferente do Texas Hold’em. A partir daí, Mojave começou a se consolidar como um dos nomes mais promissores do poker no país.
Mais um resultado expressivo para o currículo de Mojave: o título e campeão do torneio Pot-Limit Omaha com buy-in de 1.000 dólares e rebuy de US$300,00 do WSOP Circuit África, jogado no Emerald Casino, na África do Sul. O anel de ouro rendeu ao craque, que representava o país no evento, aproximadamente 200.000 reais.
Nesse torneio, Mojave conquistou a maior premiação em dinheiro da carreira. No Main Event, realizado em Punta Cana, o brasileiro foi o quinto colocado entre mais de 1000 jogadores inscritos, faturando US$220 mil dólares, mais de setecentos mil reais.
Mojave foi até a mesa final. O vencedor foi Sam Greenwood, do Canadá, que levou para casa um milhão de dólares em dinheiro.
Em um dos eventos mais glamorosos do mundo, Mojave deixou a sua marca ao terminar em oitavo jogando um field de 142 entradas com buy-in de cinco dígitos. Nada mal né? Sua premiação chega a quase 350 mil reais. O brasileiro foi derrotado por um dos jogadores mais importantes do cenário mundial, o norte-americano Justin Bonomo.
Nesse torneio, Mojave conquistou o maior prêmio online da carreira, sendo campeão entre as 94 entradas de US $10.300 Super Millions, faturando nada mais nada menos do que US$212.334. Após esse resultado, o site PocketFives salientou que ao todo o jogador já arrecadou mais de um milhão de dólares apenas em premiações online.
Para podermos encerrar esse texto com chave de ouro, não poderíamos deixar de indicar um dos cursos de poker mais interessantes da atualidade. Como vimos acima, o jogador brasileiro se tornou um dos maiores campeões do país acumulando uma série de resultados expressivos ao longo de uma carreira de mais de uma década.
Nos últimos anos, Mojave vem se dedicando a ensinar um pouco de seus conhecimentos de poker através de cursos e mentorias. O embaixador da GG Poker, inclusive, foi um dos professores do craque brasileiro Neymar, que também é apaixonado por poker e se tornou um dos atletas que divulgam a marca do Team Pokerstars.
Em seus cursos, Mojave oferece uma plataforma completa de aprendizado, com vídeo aulas, materiais de estudos e aulas interativas. Atualmente, não tem nenhum curso disponível, uma vez que o jogador faz ofertas periódicas. Mesmo assim, sugerimos que você siga o craque nas redes e esteja atento às novas turmas que forem abertas.
Oferecemos, com frequência, uma série de artigos que podem ser acessados gratuitamente em nosso blog, para que você se informe sobre os aspectos que envolvem casas de apostas e o universo do poker.
Hoje, mostramos para você um pouco da história do jogador brasileiro Felipe Mojave, que se notabilizou por ganhar inúmeros campeonatos na carreira. Mas, assim como outros tantos jogadores que sonham em se tornar profissionais, Mojave também precisou vencer obstáculos e renunciar a muitas coisas em nome do poker.
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