O poker é um esporte que sempre gerou muita curiosidade por parte de seus jogadores e admiradores, de modo geral. Já foram escritos milhares de livros e artigos sobre as estratégias, técnicas, questões psicológicas e componentes do jogo de cartas mais famoso do mundo.
Seminários, cursos e salas de treinamento são extremamente concorridos e não raro os jogadores precisam esperar em filas de espera. Jogadores de futebol como Neymar e Ronaldo Fenômeno jogam em grandes casas de poker. Clubes grandes espalhados pelo mundo estampam marcas em sua camisa.
Mas, não raro, ainda vem o questionamento: o poker é um esporte ilegal no Brasil? Como é a legislação do país referente ao esporte? Se eu jogar poker em algum site de apostas eu estaria cometendo um crime?
Essas e outras dúvidas povoam a cabeça do povo, de forma geral. Pensando nisso, nós da DM Créditos vamos explicar um pouco sobre algumas questões de ordem política e jurídica sobre o esporte.
Venha com a gente e tire todas as suas dúvidas sobre o assunto, para que você possa jogar poker sem nenhum tipo de constrangimento.
O poker é um jogo de origem americana, que nasceu no começo da década de 1930. Por volta de 1941, ocasião em que o Brasil era governado por Getúlio Vargas, o poker foi considerado um “jogo de azar”, sendo enquadrado no Decreto-Lei n.3688 daquele ano, conhecido como Lei de Contravenções Penais.
No artigo 50 da referida Lei, encontra-se a seguinte definição:
“Art.50. Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público ou acessível ao público, mediante o pagamento de entrada ou sem ele:
(…) 3º Consideram-se jogos de azar:
1. jogo em que o ganho ou perda dependem exclusiva ou principalmente da sorte;
2. as apostas sobre corrida de cavalos fora de hipódromo ou de local onde sejam autorizadas;
3. as apostas sobre qualquer outra competição esportiva”.
Naquela época, pouco se sabia sobre o esporte no Brasil. Era algo novo e sobre o qual ainda poucas coisas tinham sido produzidas. Por isso acreditava-se que a questão da sorte era considerada o fator predominante no resultado de uma determinada partida.
Em 1941, como vimos e também em 1946, os jogos de bicho e outras coisas do gênero – do qual o poker muito superficialmente faz parte – foram proibidos no Brasil e desde então o esporte não foi bem visto pela sociedade brasileira de forma geral.
Esse preconceito se estendeu ainda por muitas décadas e sempre gerou dúvidas e questionamentos. Para se ter uma ideia, em 2003, a ex-Ministra do STJ, Eliana Calmon, afirmou que;
“A questão dos jogos no Brasil sempre foi mal resolvida, pela vedação absoluta dos jogos de azar, caracterizados como aqueles em que o resultado submete-se inteiramente a uma álea (risco, acaso), sem possibilidade de mudança, seja pela inteligência, habilidade e conhecimento”.
“Dentre esses jogos, estão o poker, a víspora, o jogo do bicho, o bingo e outras modalidades, inclusive sob a forma de jogos virtuais ou eletrônicos, os quais não mudam em nada a álea do resultado”.
Antes de prosseguir neste breve apontamento histórico dos dispositivos legais, precisamos resolver uma grande questão: seria o poker um jogo de azar?
De forma resumida, jogo de azar é um tipo de jogo no qual o ganho e a perda dependem exclusivamente ou, em grande parte, da sorte. Essa brevíssima definição, por si só, já nos permite dizer que o poker não se enquadra nessa categoria.
Qualquer pessoa minimamente familiarizada com o esporte sabe que a habilidade é um fator determinante para o resultado das mesas.
O poker é marcado, simultaneamente, pela presença da aleatoriedade e da tomada de decisões dos players. Apostar ou foldar, independentemente das cartas que você receber, é uma decisão do jogador – e como já vimos em tantos outros textos, o poker possui uma série de nuances que interferem no andamento de uma partida.
A aleatoriedade te ajuda, por exemplo, a ganhar mãos que costumeiramente não ganharia e pode te levar também a perder mãos “fáceis”. Usando mão de uma boa estratégia, viradas de jogo são comuns no poker. Além da importância de destacar uma das principais características do poker: o blefe.
O poker tem as suas estrelas. Seus grandes jogadores campeões. Esses jogadores ficaram milionários jogando poker. Outros milhares de jogadores também conseguem lucrar com o esporte em uma escala menor. Isso é inconcebível em jogos de azar! Seria leviano afirmar que os que ficaram ricos contaram somente com a sorte.
Ou seja: o poker é um esporte onde a habilidade tem um papel preponderante.
Estudos mais recentes apontam para o componente intelectual do poker, colocando-o em pé de igualdade com outros jogos mais tradicionais, como o xadrez, a dama e o gamão. Nesse sentido, Ricardo Molina de Figueiredo, que é perito do Instituto de Criminalística de São Paulo, diz o seguinte:
“Se um jogador tem mais habilidade que outro, necessariamente esse jogador (o mais habilidoso”, obterá mais ganhos ao fim de uma sequência de partidas (e tanto maior será o ganho quanto maior for a sequência de partidas”.
Não restam, assim, dúvidas: o poker não pode ser considerado um jogo de azar, já que as habilidades do jogador são determinantes nos resultados.
Entretanto, ainda permanece vivo o debate acerca da legalidade do esporte e das apostas livres em dinheiro. Essa discussão sobre a modalidade conhecida como cash game, diz muito sobre fatores externos que tornam as análises enviesadas.
Por exemplo, a atuação da “Máfia do Apito”, que incitava a manipulação de resultados e apostas no mundo do futebol, acabou por contaminar a interpretação acerca das apostas em poker.
Em alguns estados do Brasil, como é o caso de Santa Catarina, o Tribunal do Estado garante a permissão do Texas Hold’em e sua prática, nos § 2° e 3° do artigo 814. Outros estados como o Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná também estão conseguindo estabelecer decisões favoráveis ao esporte.
Mas as coisas estão melhorando e existe uma grande expectativa de que nos próximos anos, Projetos de Leis sejam aprovados pelo Congresso Nacional em favor do esporte.
No começo de 2012 o poker conquistou uma de suas grandes vitórias enquanto esporte dentro do Brasil: ser reconhecido pelo Ministério do Esporte como um esporte mental. A Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH), liderada na época por Igor Federal, conquistou o seu espaço entre as diversas entidades do país.
A Confederação define que “o poker esportivo é uma prática de competição em que exige-se do praticante inteligência, capacidade, habilidades intelectuais e comportamentais para se obter sucesso”.
Essa definição não deixa qualquer dúvida: o poker não é um jogo de azar.
Uma das vantagens dessa inclusão é que, a partir de então, a CBTH passou a registrar os eventos de poker no Calendário Esportivo Nacional, o que dá ao esporte um destaque ainda maior, tanto em plano nacional quanto internacional.
Um dos grandes jogadores do esporte no país, André Akkari, celebrou em sua conta do Twitter: “Senhoras e Senhores! O poker está cadastrado pelo Ministério dos Esportes do Brasil! Parabéns, CBTH, que orgulho!”.
No dia 12 de dezembro de 2018 foi promulgada a Lei 13.756/18 que, dentre outras questões, cria a modalidade de apostas esportivas no Brasil. Esse é mais um passo importante rumo à legalização dos jogos de apostas por todo o território nacional.
Essa nova modalidade é denominada por apostas de quota fixa. Ou seja: apostas relativas a eventos reais de diversas temáticas esportivas, onde é definido, no momento em que a aposta é efetivada, quando o apostador pode ganhar em caso de acerto do prognóstico.
É importante mencionar que essa modalidade poderá ser explorada somente em ambientes que chamamos de concorrenciais, com a possibilidade de ser comercializada em quaisquer canais de distribuição comercial, tanto físicos quanto virtuais.
Por fim, a Lei ainda determina que o produto da arrecadação das apostas esportivas será destinado ao pagamento ao apostador, à seguridade social, ao Fundo Nacional de Segurança Pública e, por fim, à educação e entidades desportivas.
Se tratando dos estabelecimentos empresariais dedicados à realização de torneios de poker, não importando se eles são físicos ou virtuais, a jurisprudência vem caminhando para a possibilidade de autorização do funcionamento, uma vez que exista uma garantia de que não sejam permitidas apostas avulsas e aleatórias em dinheiro.
Assim, não existem obstáculos para a realização de um torneio de poker Texas Hold’em, desde que os jogadores paguem determinada quantia e, em troca, recebem fichas de valor fictício, para poder disputar prêmios também em dinheiro.
O Brasil já é um dos países mais importantes na modalidade e o campeonato brasileiro de poker já é o maior da América Latina. Grandes jogadores do mundo são brasileiros. Então, existem boas tendências e perspectivas para o poker no Brasil.
Atualmente, como vimos, ainda não existe no brasil um dispositivo legal consolidado para os chamados esportes intelectuais, assim como sobre a possibilidade de uma sociedade empresária explorar economicamente essas atividades.
Mas existe uma evolução importante em direção à permissão da prática desse esporte na modalidade Texas Hold’em. Ainda existe uma série de preconceitos e barreiras a serem superadas, mas o esporte caminha para superar isso com a um curto e médio prazo.
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Hoje falamos sobre as questões legais, mas também temos uma série de artigos que esmiúçam o jogo em seus detalhes. Assim, se quer saber mais sobre o poker, fique ligado no nosso blog, cadastre-se no site e converse com nossos colaboradores.
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