All In o que significa no poker e suas estratégias

Home » Blog » All-In: o que significa no poker e suas estratégias

BLOG

August 24, 2021 5:16 pm

All-In: o que significa no poker e suas estratégias

Você já parou para pensar no valor da estratégia para um jogador? Uma jogada sem estratégia estará fadada à derrota. Por isso é extremamente importante ter boas estratégias de jogo. Pois é, é sobre estratégia que vamos conversar agora. Vamos falar sobre ALL IN o que significa no poker

Sabe aquela expressão “tudo ou nada”, quando um jogador lança mão da “ALL IN” ele está apostando todas as fichas numa jogada. 

E o jogador que decide por esta estratégia durante um jogo se torna um jogador especial durante a rodada e não participará de forma ativa desta. Ele não poderá apostar, nem pagar apostas. E isso ocorre sem que ninguém  possa exigir sua desistência da mão de jogo.

Os outros jogadores permanecem normalmente no jogo fazendo suas apostas e desenvolvendo suas estratégias até o final. Após o último lance de apostas o jogador em ALL IN ingressa automaticamente no confronto (showdown) e então, nesta fase final, todos os jogadores abrem as cartas para determinar o ganhador.

Mas quando se deve entrar em all-in numa rodada de poker?

Veja só, existem algumas situações que levam o jogador a decidir entrar em ALL in. Entre elas:

  • O jogador está confiante e acredita que tem a melhor mão e que sua aposta será paga.
  • Quando o jogador sabe que seu adversário está formando uma mão e precisa somente de uma carta para isso. Nesse caso o ALL IN vai impedi-lo de formar a mão vencedora.
  • O jogador precisa ir para o ALL IN para permanecer no jogo, visto que suas fichas são poucas.

Outra situação que pode levar o jogador a entrar em ALL IN é numa situação de blefe.

Exemplo disso é quando posteriormente ao FLOP (primeiras três cartas comunitárias abertas na mesa) o adversário decide fazer nova aposta e para o jogador está claro que ele tem boas cartas. Mas mesmo assim, muito provavelmente irão sair fora se você transparecer que sua jogada é melhor do que a deles. 

Somado a isso, deve-se observar a quantidade de fichas do oponente, pois se forem poucas, certamente vão decidir pela desistência ao invés de arriscar perder suas poucas fichas. 

Outra excelente situação para entrar em ALL IN, certamente a melhor, é quando você pode e sabe que pode. Nessa condição, se o jogador continuar fazendo apostas moderadas para permanecer numa boa mão, os oponentes que estão atentos vão entender sua estratégia e a tática poderá não mais surtir o efeito que o jogador espera. 

Nessa hora o jogador parte para o “tudo ou nada” e dá o bote de misericórdia apostando todas as suas fichas. Os oponentes, surpresos, pagarão a aposta e a vitória será conquistada.

Situações em que não se deve entrar de all-in

Mas também haverá situações na mão de jogo que são indicativas para o jogador não entrar em ALL IN. São elas:

  • Mesmo você tendo uma mão inicial muito boa, porém quase todos já desistiram e o pote está vazio.
  • Quando você percebe que os jogadores da mão estão aumentando suas apostas. Isto indica que eles têm coisa muito boa e mesmo que sua mão esteja também boa a situação diz pra você não ir de ALL IN neste momento. 

Os jogadores mais experientes afirmam que os momentos iniciais do jogo não são adequados para entrar em ALL IN. Muitos, com a ânsia para duplicar suas fichas, partem para essa ação logo no início e acabam expondo que tem uma boa mão. 

Ir ao ALL IN é, sem sombra de dúvidas, um dos momentos mais eletrizantes numa rodada de poker. E se for bem planejada, esta estratégia poderá render bons dividendos.

Mas o jogador precisa estar atento ao momento certo, pois do contrário poderá obter muita decepção e prejuízo financeiro. Por isso, entrar em ALL IN no momento certo é imprescindível para obter uma ação prazerosa, extasiante e rentável.

Qual o momento certo para dar all-in?

Saber o momento certo para ir ao ALL IN é que distingue um jogador bom de jogo com o excelente. E quando estiver jogando entre jogadores hábeis que possam vencer no pós-flop, o ALL IN é uma boa estratégia para quem está com recurso reduzido.

Nos torneios quando a mão caminha para as fases finais, o jogo tende a ficar mais conservador e este é um bom momento para aplicar a estratégia. 

Para jogadores conservadores, esta estratégia pode ser um pouco mais difícil, mas volto a dizer que as observações vão indicar o momento certo e este não deve ser desperdiçado. Caso contrário, a mão poderá mudar totalmente de rumos e a boa oportunidade mudar de lado. 

Outra coisa importante e que deve ser lembrada é sobre o stack (quantidade de fichas ou dinheiro que o jogador tem na mesa). A regra diz que um jogador tem liberdade para apostar exatamente o que ele trouxe para a mesa.

É importante ter conhecimento desta regra, porque há tempos um jogador com mais recursos fazia uso da intimidação com o intuito de forçar o jogador com menor recurso financeiro a fazer uma aposta além do que este disponibilizava para isso.

Às vezes essas quantias eram exorbitantemente grandes a ponto de ficar impossível pagá-las. E caso houvesse recusa em pagar a aposta, o jogador seria declarado desistente, promovendo assim maior recurso financeiro para o jogador intimidador. Hoje, este tipo de jogo já não é mais permitido. 

Como se portar quando o all-in parte do adversário? 

Pois é, um excelente jogador sabe tanto a hora certa para anunciar um ALL IN como também sabe lidar com o ALL IN do adversário. Nesta situação o conhecimento das probabilidades do pote se faz muito necessárias. 

Quando o pote já está com algumas fichas é matematicamente lógico decidir-se por um ALL IN mesmo estando como underdog (mão com poucas chances de ganhar o pote).

Ser underdog com muitas fichas no meio não apresenta problema, mas se a quantidade de fichas for pequena é importante que o jogador seja somente um underdog pequeno quando fizer o call.

Se tratando de probabilidade do pote, é possível obtê-la num call (pagar uma aposta). Mas ainda assim, o call pode sofrer interferências do ICM (“Independent Chip Model”,  é um modelo de cálculo que permite ao jogador de poker mensurar quanto valem suas fichas em dinheiro em um momento específico do torneio..).

Logo há momentos que são interessantes para o jogador, conservar o stack baseando-se na estrutura do torneio. Por isso é importante que um bom jogador tenha intimidade com o ICM para compreender como ele influencia suas decisões para o call. 

Entrar em “ALL IN” é ser agressivo no jogo. E isso é melhor do que fazer call. Sendo agressor, haverá sempre a possibilidade de assustar o adversário levando-o à  desistência. É preciso haver equilíbrio entre equidade de fold (desistir das cartas na mão) e equidade de pote ao receber o call para determinar a expectativa. 

Jogadores que fazem mais “fold” são melhores para explorarem, mas por outro lado, realizam sua equidade e isso os deixa mais protegidos. 

Usando o psicológico a seu favor

Quem joga o poker são pessoas e sendo assim o jogador precisa analisar bem o adversário com quem está travando uma batalha para então armar a decisão de ALL IN. 

Quando um adversário se demonstra com fortes tendências tight (jogar de forma conservadora; jogar poucas mãos) e que conquista stacks em mãos sólidas é preciso ser precavido ao pagar o ALL IN dele.

Em certos momentos, o ALL IN do adversário pode até parecer uma situação com poucas ou nenhuma saída, mas o jogador precisa apresentar condições de tranquilidade para saber enxergar alternativas e explorar a situação.

Decisões agressivas de ALL IN podem ser favoráveis quando o opositor desiste com certa facilidade. 

Saber entender as diferentes formas que os jogadores usam em suas estratégias é uma capacidade muito estimada num jogador de poker. Isto é importante porque alguns “ALL INs” são mais fortes e consistentes que outros.

E saber analisar e compreender essas diferentes formas dos jogadores se valerem desta estratégia será muito importante para verificar se a regra que o adversário está usando confirma de fato ou se é somente uma forma de fortalecer uma jogada frágil. 

ALL IN, portanto, é uma jogada de vida ou morte e que faz a adrenalina jorrar nas veias. É aquele momento em que o jogador vai para o tudo ou nada com um único intuito, o de ganhar. É aquela hora que o jogador foge à regra e sai da curva para uma conquista extraordinária.

Jamais alguém vai entrar em ALL IN para conquistar apenas blinds (apostas obrigatórias que devem ser feitas antes de cada mão), salvo a situação em que o jogador esteja em disputa num torneio e sua pilha esteja pequena o suficiente para encorajá-lo ao risco.

“One Time!”

Uma situação desta é conhecida como “ONE TIME” e é utilizada por alguns dos grandes jogadores de poker. Esta expressão é sempre lembrada para designar horas de trabalho, estratégias e superações na mesa de jogo, tudo num único instante. 

O ONE TIME acontece exatamente com o ALL IN e vem carregada com toda a fé e coragem  do jogador.

Mas com que mão ir all-in?

Esta é uma questão que volta e meia vem à tona e é um tanto genérica, pois dependem de um grande número de variáveis. Porém, para responder essa pergunta se aceita algumas considerações. 

A primeira é quando o jogador está numa condição de caller e através das análises das probabilidades ele resolve por efetuar o call na aposta ALL IN de seu oponente.

Por isso a importância de fazer uma boa estimativa das variáveis. Realizar o call ou não, numa aposta do oponente que está em ALL IN é resultado da análise das probabilidades oferecidas pelo pote, somado à equidade que se possui no mesmo. 

Vamos exemplificar

Para que isso fique melhor exemplificado, considere que durante a quarta e última rodada de apostas encontra-se $5000,00 no centro e o oponente, depois de fazer sua análise, entra em ALL IN com $350,00. Numa jogada como esta, é provável que se ganhe 30% das vezes quando se faz o call. É então inteligente efetuar o call aqui?

Um desentendido no assunto diria que o call nessa condição seria jogado para perder em virtude de que em 70% das jogadas deste tipo resultam em derrota e perde-se todo o pote.

Entretanto o pote já está com $5000,00 e neste caso não precisa ser obrigatoriamente favorito porque matematicamente está correto. Uma vez que se tenha ganho em torno de 25% das jogadas, optar pelo call é uma opção muito mais sábia e rentável do que desistir.   

Vale a pena ser um agressor?

Num jogo de poker, entrar em ALL IN como agressor é uma forma diferente e que envolve outras variáveis. Como visto anteriormente, na situação de caller precisa-se ter cuidado somente com relação à equidade do pote. 

Já na condição de agressor, deve-se observar a equidade do pote (quando o call é recebido) juntamente com a equidade do fold (frequência de desistência do oponente) para definir a expectativa do ALL IN. 

Dessa forma, quanto mais alta for a desistência apresentada e a equidade do pote maior será a chance desta ser uma excelente jogada. Para obter exatidão na relação equidade de fold, pote e expectativa, deve-se efetuar um cálculo esperado de valor.  

Não há necessidade de obter as equidades de fold e de pote juntas, desde que ao menos uma delas se apresente alta. Exemplo disso é quando o jogador possui equidade acima de 50% quando comparado com o call do oponente o ALL IN terá lucro e baixíssima equidade no fold. 

Seguramente, quando o oponente decide efetuar o call, conclui-se que ele tem uma boa mão. Assim, conclui-se também que o jogador tem zero equidade de fold.

Os menos entendidos podem chegar à  conclusão de que é preciso ter vitória em mais de 50% para que o blefe seja lucrativo porque se o blefe do jogador tiver falhado na maioria das vezes, qual será o objetivo de mais um blefe?

A resposta vem quando se lembra de que a quantia que estamos buscando alcançar com o blefe é muito maior do que a quantia posta em jogo por ela. 

Saiba quando fazer

Cada jogador de poker possui em suas mãos as regras do ALL IN e o direito de fazer uso destas durante o desenrolar de toda a partida. O ALL IN pode ser uma grande estratégia de força e intimidação do adversário, mas também pode ser uma estratégia num momento de descontrole e desespero total na tentativa de se manter no jogo ou ganhá-lo. 

Estratégias de ALL INs históricos têm acontecido em jogos importantes por todo o mundo.

Pois é, estamos chegando ao fim do nosso bate papo de hoje, mas esperamos ter clareado bastante sobre o uso da estratégia ALL IN. 

Para lembrar

Numa rodada de poker é preciso sempre lembrar que cada situação é única e precisa ser cuidadosamente avaliada para que a estratégia seja escolhida e aplicada com sucesso. 

Entre as variáveis importantes está o oponente, o momento do jogo, a quantidade de fichas, a distância que separa o jogador do prêmio e se realmente o jogo que está sendo jogado é de fato magnífico e estratégico quanto pensamos ou queremos que seja. 

Estamos torcendo para ter trazido aqui importantes aplicações de uso da estratégia ALL IN no jogo de poker, mas sem omitir a necessidade de controle emocional e psicológico para desenrolar uma jogada de sucesso

Se você gostou de aprender sobre ALL in, confira outros artigos do nosso blog!

Agora que sabe como aplicar o ALL in no jogo de poker, é só partir para a ação. E para partir para ação, nos dá DM créditos podemos te ajudar! Caso precise de créditos nos principais sites de poker, basta nos chamar em nosso chat ou WhatsApp. Estamos sempre à sua disposição com uma cotação justa e transações confiáveis!

Boa sorte nas mesas!

💻 Facebook | DM Créditos📲  Whatsapp: (31) 9 8472-3490